O livro pela capa,
objetos mercadorias,
pessoas pelo que consomem.
É mais que sabido, até redundante dizer, que a superficialidade anda bastante presente em uma série de aspectos do mundo atual.
Numa sociedade snack culture, em que reina o picado- um pedaço do livro um trecho da música, uma rápida refeição (lanche) –, em que a internet é o meio, o canal de absorção, pode-se dizer que pega-se superficialmente, não se vive realmente um raciocínio por inteiro, nem o conteúdo pelo conteúdo
Talvez pessoas nem saibam qual é o conteúdo que, originalmente, interesse a si próprio. Existe uma gana pelo ser desejado pela sociedade, sem se importarem com a origem ou o conteúdo real. Andy Warhol, por exemplo, com seu conceito dos 15 minutos de fama liga-se totalmente com os realities shows, estouros de sucesso de nossa época. Uma fama completamente efêmera, liderada pelo simples expor-se para massa. Fica fácil escolher algo de sucesso, mesmo que esse sucesso não lhes pertença, não lhes diga algo.
Quem sabe, seja essa a causa do provinciano - algo não produto da massa, o tradicional, genuíno...- ainda ser valorizado, e desejado como escape. Um entretenimento evasivo que impede o questionar ou a profundidade.
Claro que o valor, em termos de conteúdo para si, somente o ser subjetivo, interior, sem interferência externa, é algo fora da realidade, algo inatingível. Afinal, não há o ser sem influência do externo.
Assim, a banalização é quase natural; a não internalizarão é automática. E o desejo pelo conteúdo, apenas pelo conteúdo, sem a capa, torna-se extinto, pela não centralização do ser. A originalidade verdadeira, não pela palavra original (conceito vendável por sua escassez), mas por se tratar da essência, é algo raro de se encontrar.
Um comentário:
é a centralizaçao é dificil com o bombardeio que estamos expostos, mas principalmente hj acho que tamanho nao tem haver com profundidade.
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