quinta-feira, dezembro 23, 2010

(primero segundo e terceiros)

primeiro segundo
            
              quem sabe no

segundo segundo
e no terceiro?
terceiros... 
já não há mais tempo para morte da bizerra,
que tal, pensar no clone da ovelha?

segunda-feira, dezembro 06, 2010

segunda-feira, novembro 08, 2010

impressão digital



                                                         


            
                                                                       (fotografia publicada no livro "Mundo Mundano", vol. 2 -    

         http://www.prologoloja.com.br/catalogsearch/result/?q=mundo+mundano&x=0&y=0)

quinta-feira, setembro 09, 2010

estou cansada de uma certa atitude impregnada

A imaginação escassa e um certo realismo subjetivo andam impregnando a literatura - não só a literatura, mas diversas áreas - assuntos concentram-se praticamente em: sexo, droga, violência, angústia, descontentamento pessoal.

Prefiro os que escrevem porque a vida é um romance. Parece que estes, ao menos, sentem algum desconforto; seguem o fluxo oposto da maré, ou possuem algo íntegro como a dedicação a um projeto. Uma ambição maior que o próprio umbigo.

Nada mais choca num ambiente em que violência é o cotidiano. A imagem da criança atrelada a um revólver chega a ser comum. O saco de cola fica até como cena de segundo plano. A política não se divide mais em direita e esquerda. Heróis já morreram de overdose há mais de duas décadas. Ideologia é nostalgia. Enfim, o que está fora dos padrões?

Tecnologia? Talvez uma das raras coisas que mude parte de nossas rotinas. Distâncias passam a ser insignificantes; possibilidades, infinitas; conexão, uma exigência. Uma evolução fenomenal que, ao mesmo tempo, aproxima e afasta as pessoas, prende-as em si mesmas, em seus mundinhos. Um movimento paradoxal. Por um lado, o ganho de formas de contato, por outro, perda do contato real. E por estranho que pareça, contato com os que estão mais perto: vizinhos, família. Um individualismo valorizado e desconectado.

Já ouvi de autores de hoje: “Escrevo porque preciso”. Precisa?
Do que nós precisamos realmente hoje?

Os valores e necessidades estão conturbados, confundidos pelo mercado, pela mídia, pelo não parar, não pensar; pela falta de genuinidade, por uma velocidade que anda fazendo com que até a Terra gire mais rápido em volta de seu eixo. Eixo: é com esta conexão que precisamos nos preocupar. Acho que escrever não é sobreviver. Para começo de história, precisamos de ar, água e comida.

sexta-feira, agosto 20, 2010

quinta-feira, agosto 05, 2010

quando viu a vida passou...
(ela comeu, bebeu, comprou)
o corpo esfarela, enquanto as compras são  dadas.

quinta-feira, junho 24, 2010

S

um Sabor
Sútil
demorado
quaSe, não reconhecido

um Sabor
Sem
anSiedade
capaz

Um Sabor
que é
eStá
(para quem vê)

quarta-feira, abril 28, 2010


Ufa! Estou no bairro

sem medo
sem pressa
de repente
(nao repente)
me pedem um cigarro
uma moradora de rua
(na outra esquina)
nos cruzamos

vai com deus!
(você também)

sexta-feira, abril 16, 2010

Alterno, devaneio, continuo tentando permanecer



O que seria de mim, o que seríamos de nós sozinhos?

O que nos tira do eixo?

Ou da paz? – minha paz.

Paz com você é uma vibração. Quem sabe, bom senso, com pitadas de

generosidade, admiração ou atração?

– até quando o meu santo bate com o seu?

Sua sinergia e energia? Minha?

Nossa! Claro, de todo o mundo!



Um simples copo quebra.

Reação com causa desconhecida.



Ação. Ressonância quebrada?



Compreende-me, tenta, fingi e

acha que me conforta,

talvez, para confortar você mesmo.



Infinitos detalhes, nunca entendíveis

(por minha impaciência até ignoráveis.

Por você não vistos. Quem sabe, você queira contar ao invés de escutar).



Estamos carecas de saber que nascemos e morremos sozinhos.

Mesmo assim, queremos nos juntar




(link deste post também no -  http://nacaoyoga.blogspot.com/)

quinta-feira, janeiro 07, 2010

balanço

esta lua não está para devaneios
este tempo para exageros
um olhar para tempestade
cúmplice

medo
dos que sabem