Encontros e desencontros
Idéias que não são idéias
O novo que é o velho não envelhecido.
Picasso disse “não busco, encontro”.[1]
Aconteceu com Pestana, personagem de “Uns Braços”, Machado de Assis
“se acaso uma idéia aparecia, definida e bela era eco apenas de alguma peça alheia, que a memória repetia, e que ele supunha inventar.”
João Cabral, em “Psicologia da Composição”,
cristalizou palavras que desabrocham,
falou do severo vazio do que resta.
O Tropicalismo defendeu a arte que não é só talento[2]
é também coragem,
Ah e Hélio Oiticica descreveu o artista não mais como criador para contemplação, mas como um motivador para criação.
Afinal, o que é novo?
Existe o novo?
“news that stays news”, de Pound[3]
é o novo.
O novo que não envelhece,
O novo que é sempre atual,
Um clássico.
Um toque sutil de poetas líricos,
musas dotadas do “eterno e irreprimível frescor”.
[1] Antonio Cícero, Folha de São Paulo, Ilustrada25/08/2007.
[2] Tropicália Uma Revolução na Cultura Brasileira, Carlos Basualdo (org).
[3] Antonio Cícero, Folha de São Paulo, Ilustrada25/08/2007.
Um comentário:
Parece que estamos sempre em busca de coisas novas, novidades, do novo...
Isso me fez lembrar de um texto do Antonio Prata "Os novos bares velhos"
Pirajá, Original, Astor, Filial, São Cristóvão e outros são bares que não querem ser modernos, a última moda em Nova York, querem ser antigos. Cansados dos velhos novos bares, a gente investiu nos novos bares velhos.
Outra teoria do novo, ser novo às vezes pode até ser velho, nostalgico...
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